quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Estranho! Já estive aqui vinte anos atrás, as coisas pareciam maiores e mais importantes, talvez porque eu ainda fosse uma criança. Algumas coisas ficaram marcadas em minha personalidade: situações, livros que li, amigos e amores. É estranho reencontrar amigos depois de muito tempo, ver as marcas do tempo em seus rostos, pois a lembrança que se tem é a do olhar de criança, o viço da pele juvenil, o comportamento livre e inconsequente. Encontrá-los é como acordar de um estado de coma de vinte anos. Não ter vivido todas as etapas juntos. Transformação de criança para adulto em um picar de olhos. Sei que também causo este espanto, pois o tempo também passou para mim, e como! Nunca os esqueci, nunca! Muitos esqueceram de mim. Não fiquei endurecida com a vida da cidade grande, acho até que continuo sendo a mesma menina inocente e apaixonada da cidadezinha do interior.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Quando cheguei aqui, nesta pequena cidade do interior paulista, percebi quanto um sobrenome tem valor. A primeira coisa que me perguntaram foi-"de que família você é?"- achei estranho, mas logo percebi que respondendo um sobrenome conhecido, importante, antigo na cidade, seria meu passaporte para a conquista de crédito, respeito, um lugar ao sol na sociedade etc. Funciona assim, como um pedigree(acho que é assim que se escreve, alguém sabe?), pesquisam seus antepassados, como na India, para chegar a conclusão que você é um bom sujeito. Mas o que posso fazer a respeito se meu sobrenome é Silva?!

A largada

Hoje começo minha saga de escrever sobre as impressões que tenho sobre o mundo, sobre a vida e tantas outras coisas interessantes. Apesar de viver em uma pequena cidade, onde tudo parece lento, pacato, conservador, muitas situações interessantes acontecem. Acho que a proximidade entre as famílias, as relações estreitas entre as classes, a facilidade de transmissão das notícias -fofoca-deixa tudo mais apimentado. Vamos lá!